Aqui na DSB nós trabalhamos de forma remota desde que nascemos como empresa e apesar de termos um escritório lindo, a maior parte do time está espalhado pelo Brasil <3 . Por isso, é no remoto que a maior parte do trabalho acontece. E a parte mais linda é que nossos clientes passam por essa transformação digital com a gente.

Durante o mês de Julho fizemos um DSBinar - forma como chamamos a troca de conhecimento entre o time -  para falar sobre as diferenças entre os perfis das pessoas, as formas de se comunicar e como tudo isso impacta na compreensão das informações entre outros fatores.

Para abordarmos esses assuntos, trabalhamos com as diferenças entre as personalidade das pessoas, bem como as diversas formas de se comunicar e entender uma mensagem. É importante lembrar que todos nós trabalhamos home-office, por isso, também foi explorado as especificidades da comunicação no trabalho remoto.

Pessoas e suas diferenças

Cada ser humano considerado como individualidade física e espiritual, e dotado de atributos como racionalidade, autoconsciência, linguagem, moralidade e capacidade para agir.

Nossas características pessoais influenciam na forma como nos comunicamos e interagimos com o mundo e as pessoas. Por isso, trouxemos algumas ferramentas conhecidas no mercado para que identifiquemos algumas das nossas características mais marcantes.

Para compreender essas características pessoais, existem uma série de ferramentas que nos auxiliam pela busca do autoconhecimento e de traços que se destacam em nossa personalidade. Abaixo, seguem alguns dessas ferramentas, todas com origem no mundo científico, ou seja, passaram por revisões, testes e análises, porém a busca pelo autoconhecimento pode seguir vários caminhos. A ideia deste post não é explicar cada uma delas, mas sim, expô-las como uma das infinitas ferramenta possíveis.

Análise DISC

Avaliação DISC é uma teoria postulada pelo psicólogo Dr. William Moulton Marston em seu livro "Emotions of Normal People" (1928), que determina alguns padrões de comportamento. A partir desta teoria, foram elaboradas ferramentas para análise de perfil comportamental, sendo o primeiro instrumento de mensuração desenvolvido por Walter Clarke (1945).

16 tipos de personalidade

A teoria dos 16 tipos de personalidades parte dos estudos sobre 8 Tipos Psicológicos de Carl G. Jung, e posteriormente desenvolvida por Katharine Cook Briggs junto com sua filha Isabel Briggs Myers para 16 tipos psicológicos. Ela foi moldada a partir da publicação Os Tipos Psicológicos em 1921.

Para além das características pessoais, outros fatores são importantes na hora de comunicar. Estes, diretamente relacionados à forma como aprendemos ou retemos uma informação. Mas o que é Comunicação? Uma das definições que achei foi esta: "comunicação é a ação de transmitir uma mensagem e, eventualmente, receber outra mensagem como resposta."

E quais são as formas pelas quais estamos habilitados a consumir informação? Pela teoria VAC desenvolvida por Fernald e Keller e Orton- Gilingham, temos que a aprendizagem ocorre por meio dos sentidos: visual, auditivo ou tátil, ou seja, a maioria das pessoas possui um estilo que domina para aprender e reter conteúdos.

Estilo visual: Neste grupo estão as pessoas que possuem habilidades de conhecer, interpretar e diferenciar os estímulos recebidos visualmente. A partir da visualização das imagens, é possível estabelecer relações entre ideias e abstrair conceitos.

Estilo auditivo: Pessoas com estilo auditivo possuem habilidades de conhecer, interpretar e diferenciar os estímulos recebidos pela palavra falada, sons e ruídos, organizando suas ideias, conceitos e abstrações a partir da linguagem falada.

Estilo cinestésico: Encontramos neste grupo pessoas que possuem habilidades de conhecer, interpretar e diferenciar os estímulos recebidos pelo movimento corporal.

Legal, então temos formas diferentes de armazenar as informações e isso depende de qual é o nosso estilo "preferencial". Porém, a comunicação é muito mais complexa, e foi exatamente isso que mostrou o neurocientista Uri Hasson em uma palestra no TED, onde ele fala como é o funcionamento das ondas do nosso cérebro enquanto nos comunicamos.

Neste TED Hasson falou sobre como nossas ondas cerebrais se sintonizam na mesma frequência enquanto ouvimos alguém e como os termos específicos de uma região podem interferir na compreensão da mensagem passada. Ele também fala sobre como é importante as pessoas que se comunicam terem crenças compartilhadas, ou seja, dividirem o mesmo entendimento sobre determinado assunto.

Juntando essa explanação com os dados de um artigo escrito pela a equipe Officeless - Officeless é a empresa que fala sobre a cultura do trabalho remoto - "O lado humano da comunicação em times remotos", é possível perceber o quanto o sistema de crenças compartilhadas é relevante para que o time realmente tenha um sentimento não só de pertencimento, mas para que o trabalho também possa acontecer de forma equilibrada, levando em conta as características de trabalhar cada um.

Para além destes fatores, outro ponto que se destaca na comunicação, principalmente no trabalho remoto, é a confiança. A Teoria dos Jogos aborda sobre a confiabilidade e como nosso comportamento influencia no resultado final do "jogo", ou seja, das relações.

Este site confianca.etica.ai aborda sobre a teoria dos jogos e traz isso no formato de um joguinho explicativo, demonstrando os vários resultados possíveis de acordo em como decidimos nos relacionar com os outros. A conclusão é muito interessante e nos trás três ações que precisariam ser desenvolvidas para chegarmos a um ambiente de confiança entre as pessoas, são elas: construir relacionamentos, encontrar a lógica do ganha-ganha, comunicar-se com clareza.

E como consequência, não só da boa comunicação, mas também da confiança e cultura estabelecidas, temos como resultado final que, na minha visão, é o mais importante para times, remotos ou não, a AUTONOMIA.

Esse tema também é abordado pelo time da Officeless neste vídeo, onde eles trazem as diferenças entre o trabalho remoto e presencial e como estes líderes precisaram se adaptar a este novo modelo. Aqui é legal salientar que o trabalho remoto exige das pessoas: autonomia, responsabilidade, gestão do tempo entre outras características. Por isso, a autonomia e a comunicação são fatores super relevantes para quem está à distância.

Vamos retomar? A comunicação depende primeiro de quais são os nossos pontos fortes e fracos identificados na nossa atuação como profissionais, além disso, a forma como processamos e entendemos uma mensagem influencia em como armazenamos e aprendemos.

Vimos  também que ter crenças compartilhadas são parte importante na interpretação das informações que recebemos e que a confiança não é só uma consequência da boa comunicação, da construção de relacionamentos e trocas de ganhos, como faz parte relevante dos projetos a distância.

Por fim, entendemos a lógica da construção da autonomia e como a confiança esta relacionada a este processo.